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"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.

Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."

Vento...


Sinto o vento bater em minha nuca. Já sei o que me aguarda, já sei o que virá!
É a virada. de vida, de ares, de amores...
Chegou a hora! é Doloroso. Mas me dá prazer, medo também. Não sei qual dos dois tem maior domínio sobre mim, e, isso não importa, porque quando o vento vem, ele vai. Mas não parte só, leva consigo o que agora deve ser considerado Passado[dor, alegria, Pessoas, coisas, sentimentos, pensamentos, fases e pode ser até que leve meu sorriso ou se eu der sorte leve o meu pranto, que já não faz mais sentido].
Ele não para de vir, pode ser que venha uma vez por semana ou se demore anos e anos pra chegar mas, quando chega é implacável.
Eu imploro, me ajoelho, tento agarrá-lo, peço pra que se vá mas deixe...Deixe a minha dor e o meu amor que são meus! Oun então que me leve...pra bem longe, mas pra juntos do meu pranto para que possa chorar lágrimas que são minhas. Eu grito: "EU AS CONQUISTEI. ME DÁ, DEIXE-ME EM PAZ (ou em guerra), MAS DEIXE-ME APENAS COM MEU SOFRER."
Mas ele me ignora.
E lá vai ele levando embora mais uma vez o meu sofrer e o meu prazer!



Roda Viva

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo (etc.)

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo (etc.)

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo (etc.)

Um gesto na Paulista!


Eis que minha querida amiga Joice decide ir andando do centro até a Paulista para comer um lanche. E lá estávamos nós após nossa caminhada até a paulista e, de repente, ela diz: "Olha pro lado". Acreditem, não era a Geisy Arruda, era um carinha bem bonitinho [rs..rs].
A Jo se empolgou eeee...soltou o cabelo!
O carinha que era (aliás, é) muito esperto percebeu esse gesto totalmente subliminar e após alguns passos e detalhes que não necessitam ser escritos aqui nos convidou para ir à um bar [o qual eu não sei o nome até agora] ali perto.
Nós aceitamos e fomos beber1, 2, 3...ou seja algumas cervejas.
Ah, o nome do carinha é Léo [nino], ele é uma pessoa muito especial, enquanto ele estava esperando seu amigo Domi foi nos contando um pouquinho da sua vida que aliás é bem interessante e até nos apresentou sua casa (ela é azul, aconchegante, bem apertadinha e têm poucas coisas, porém o que tinha lá era bem especial e dava pra perceber o cariño que ele tinha por elas). Até que o Domi chegou, que por sinal também é uma pessoa fascinante, faz um trabalho muito legal com grupos de exclusões na nossa sociedade, e até escreveu um livro Mal(Dito) Cidadão que eu espero ler um dia.
E, assim o dia foi passando entre uma cerveja e outra, uma conversa e uma confissão. Até que infelizmente nós tivemos que ir embora.
Bom, o Léo e o Domi são pessoas que eu provavelmente não verei mais, no entanto, serão pessoas que eu sentirei saudades [e, como aprendi com eles essa é uma palavra que o nosso idioma tem o privilégio de possuir].
Quem sabe um dia...numa outra calçada...